| Élément Dublin Core | Valeur | Langue |
| dc.contributor.advisor | Garcia, André Luis Muniz | - |
| dc.contributor.author | Pires, Maria Raquel Gomes Maia | - |
| dc.date.accessioned | 2025-12-02T15:43:45Z | - |
| dc.date.available | 2025-12-02T15:43:45Z | - |
| dc.date.issued | 2025-12-02 | - |
| dc.date.submitted | 2025-05-06 | - |
| dc.identifier.citation | PIRES, Maria Raquel Gomes Maia. O estatuto da mentira poética em Nietzsche. 2025. 108 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. | pt_BR |
| dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/53325 | - |
| dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2025. | pt_BR |
| dc.description.abstract | Esta dissertação de Mestrado investiga o estatuto da mentira poética na filosofia de Nietzsche.
Por mentira poética entendemos um discurso fundado em artifícios artísticos (metáforas) que
problematizam a função semântica da linguagem. Como argumentos centrais do estudo,
defendemos: i- o estatuto da mentira poética na filosofia de Nietzsche não remete a uma crítica
do caráter lógico-especulativo da linguagem, ou seja, dos fundamentos do conhecimento, mas
tem uma abordagem estética específica, a saber: possibilitar uma reflexão sobre uma linguagem
liberada da função referencial; ii- a mentira poética em Nietzsche não se opõe à verdade, mas
se apresenta como manifestação de certo “ceticismo linguístico”; iii- o ceticismo linguístico
seria, então, uma das chaves para o entendimento da mentira como linguagem poética fundada
na metáfora, em Nietzsche. Seguindo essas coordenadas teóricas, o primeiro capítulo inicia com
uma contextualização do objeto de pesquisa, em que apresentamos o problema da mentira na
Pesquisa Nietzsche, a partir da análise do ensaio não publicado Verdade e mentira no sentido
extramoral (WL). Concorrem, a nosso ver, as seguintes interpretações: i- a primeira,
hegemônica, concebe a mentira (aparência, engano, falso, ilusão) como impulso do ser humano
necessário ao conhecimento (portanto, “verdadeiro”) que aprisionaria a metáfora, no âmbito da
linguagem; ii- em contraponto, interpretações como a do pesquisador Claus Zittel, em quem
nos baseamos, defendem o caráter autorreferente, relacional, contestador da função semântica
da linguagem presente na metáfora. Recomposto o debate da Pesquisa Nietzsche sobre as
interpretações da metáfora em WL, realizamos nossa interpretação do estatuto da mentira
poética nesse ensaio sob o seguinte fio condutor: a mentira poética – discurso fundado nas
metáforas do mentiroso/poeta/artista – desestabiliza as convenções disciplinadas pelos
conceitos, estratégia fundamental para o que denominamos ceticismo linguístico. A mentira
poética se assenta numa concepção de metáfora que supera a clássica dicotomia entre sentido
literal e figurado. Uma vez interpretada a mentira poética em WL, passamos à leitura de
Humano, demasiado humano (MA). A partir da intertextualidade, procedemos nossa
investigação sobre o estatuto da mentira poética em MA a par da premissa sobre os avanços na
noção de metáfora e sobre o ceticismo linguístico em WL (capítulo 1). No argumento central,
destacamos que a fórmula da(o) artista/poeta como enganador, nessas obras, são “pontes”
(metáforas) para a discussão da mentira nas poéticas gregas, com ênfase nas seguintes
características: i- a ambiguidade da relação entre “verdade” e “mentira” na tradição do discurso
poético; ii- o destaque à representação literária da métis (divindade que subsidiou o imaginário
grego em torno da astúcia, inteligência, esperteza, magia) da(o) artista/poeta na habilidade de
contar histórias, de narrar mitos; iii- o engano como dimensão artística da linguagem que
acentua a crise do primado semântico. Nossa pesquisa sobre o estatuto da mentira poética como
discurso que questiona a primazia semântica da linguagem aponta para a pertinência de
considerarmos o ceticismo no âmbito da crise da linguagem, assumida por Nietzsche ao longo
de praticamente toda sua filosofia. | pt_BR |
| dc.language.iso | por | pt_BR |
| dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
| dc.title | O estatuto da mentira poética em Nietzsche | pt_BR |
| dc.type | Dissertação | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Mentira poética | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Nietzsche, Friedrich Wilhelm, 1844-1900 - crítica e interpretação | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Metáfora | pt_BR |
| dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
| dc.description.abstract1 | This dissertation investigates the institution of the poetic lie in Nietzsche’s philosophy. By
poetic lie we understand a discourse based on artistic artifices (metaphors) that problematize
the semantic function of language. As the study’s central arguments, we defend: i- the
institution of the poetic lie in Nietzsche’s philosophy does not refer to a critique of the logicalspeculative character of language, i.e., the foundations of knowledge, but has specific aesthetic
approach, namely: enabling reflection on language freed from the referential function; ii- the
poetic lie in Nietzsche is not opposed to the truth, but presents itself as a manifestation of a
certain “linguistic skepticism”; iii- linguistic skepticism would be, then, one of the keys to
understand the lie as poetic language based on metaphor, in Nietzsche. Following these
theoretical coordinates, the first chapter brings contextualization of the research object, in which
we present the problem of the lie in Nietzsche Studies, based on the analysis of the unpublished
essay On Truth and Lie in an Extramoral Sense (WL). In our view, these interpretations
compete: i- the first, hegemonic, conceives the lie (appearance, deception, falsehood, illusion)
as an impulse of the human being necessary for knowledge (therefore, “true”) that would
imprison metaphor in the realm of language; ii- in contrast, interpretations such as the
researcher Claus Zittel’s, on whom we are based, defend the self-referential, relational,
challenging character of language’s semantic function present in the metaphor. Having
recomposed the Nietzsche Studies debate on metaphor interpretations in WL, we perform our
interpretation of the institution of the poetic lie in this essay through the following guiding
thread: the poetic lie – a discourse based on the metaphors of the liar/poet/artist – destabilizes
the conventions disciplined by concepts, a fundamental strategy for what we call linguistic
skepticism. Poetic lie is based on a conception of metaphor that overcomes the classic
dichotomy between literal and figurative meaning. Once the poetic lie in WL has been
interpreted, we move on to Human, All Too Human (MA). Through intertextuality, we continue
the investigation on the institution of the poetic lie in MA along with the premise of the
advances in the notion of metaphor and on linguistic skepticism in WL (chapter 1). In the central
argument, we highlight that the formula of the artist/poet as deceiver, in these works, are
“bridges” (metaphors) for the discussion of the lie in Greek poetics, with emphasis on these
characteristics: i- the ambiguity of the relationship between “truth” and “lie” in poetic discourse
tradition; ii- the emphasis on the literary representation of métis (deity that subsidized the Greek
imagination around cunning, intelligence, cleverness, magic) of the artist/poet in the ability to
tell stories, to narrate myths; III- deception as an artistic dimension of language that accentuates
the crisis of semantic primacy. Our research on the institution of the poetic lie as discourse that
questions the semantic primacy of language points to the pertinence of considering skepticism
in the context of the crisis of language, assumed by Nietzsche throughout practically all of his
philosophy. | pt_BR |
| dc.description.unidade | Instituto de Ciências Humanas (ICH) | pt_BR |
| dc.description.unidade | Departamento de Filosofia (ICH FIL) | pt_BR |
| dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Filosofia | pt_BR |
| Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|