| Campo DC | Valor | Idioma |
| dc.contributor.advisor | Botelho, Raquel Braz Assunção | pt_BR |
| dc.contributor.author | Almeida, Priscila Claudino de | pt_BR |
| dc.date.accessioned | 2025-11-24T21:22:54Z | - |
| dc.date.available | 2025-11-24T21:22:54Z | - |
| dc.date.issued | 2025-11-24 | - |
| dc.date.submitted | 2025-01-21 | - |
| dc.identifier.citation | ALMEIDA, Priscila Claudino de. Neofobia Alimentar em crianças brasileiras no contexto da neurodiversidade. 2025. 130 f., il. Tese (Doutorado em Nutrição Humana) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. | pt_BR |
| dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/53246 | - |
| dc.description | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana, 2025. | pt_BR |
| dc.description.abstract | Introdução: A neofobia alimentar (NA) é a relutância em comer novos alimentos. O pico
ocorre na infância, por volta dos dois aos seis anos de idade, e tende a diminuir, se
estabilizando na vida adulta. A influência parental nos hábitos alimentares, a preferência
inata que as crianças apresentam pelos sabores doces e salgados, a pressão dos pais para
que a criança coma, a falta de afetividade, o incentivo e encorajamento dos cuidadores no
momento das refeições, a ansiedade na infância, a falta de exposição a novos alimentos,
a preferência por alimentos de alta densidade energética, a falta de autonomia da criança
na hora de comer e as reações negativas a novos estímulos são fatores que influenciam e
podem gerar a NA. Crianças com NA demonstram ter a alimentação menos variada. Há
diversos estudos no mundo sobre a NA, mas pouquíssimos instrumentos apropriados e
validados para cada tipo de público que se quer avaliar. O instrumento Brazilian
Children’s Food Neophobia Questionnaire (BCFNeo) foi desenvolvido para avaliar a NA
de crianças brasileiras entre quatro e 11 anos, e é o único instrumento no Brasil validado
para esse público. Os cuidadores respondem de acordo com a percepção da alimentação
de suas crianças. O BCFNeo conta com 25 itens ao todo, dividido em 3 domínios, sendo
neofobia em geral (FNgen) com 9 itens, neofobia para frutas (FNfru) com 8 itens e
neofobia para hortaliças (FNveg) com 8 itens. Cada pergunta apresenta cinco opções de
respostas, em escala Likert. No Brasil, não há dados nacionais sobre o cenário da NA em
crianças, se essas crianças apresentam NA para frutas e hortaliças, assim como é
observado em outros países. Objetivo: Classificar a neofobia alimentar em crianças
Brasileiras no contexto da neurodiversidade. Metodologia: Trata-se de um estudo
metodológico de validação de instrumento, subdividido nas seguintes etapas: (I) Realizar
a validação externa do instrumento The Brazilian Children's Food Neophobia
Questionnaire; (II) Definição da pontuação do instrumento e construção de score para
classificar a neofobia alimentar; (III) Avaliação e caracterização da prevalência nacional
de neofobia alimentar entre crianças Brasileiras; e (IV) Comparação a neofobia alimentar
de crianças Brasileiras neurodiversas, neurotípicas e neuroatípicas. A amostra do presente
estudo incluiu cuidadores de crianças brasileiras de quatro a 11 anos, que concordaram
em participar da pesquisa e conheciam o comportamento alimentar da criança. O método
de amostragem não probabilística de conveniência foi usado por recrutamento snowball.
O instrumento foi exportado para um formulário no Google Forms®, acrescido de perguntas sociodemográficas para caracterização da amostra e amplamente divulgado de
forma online. A pontuação do instrumento foi invertida, de forma que um comportamento
mais neofóbico correspondesse a pontuação mais alta, e que a neofobia mais baixa (ou a
ausência de neofobia) fosse a pontuação mais baixa. Foram criadas 3 categorias de
neofobia, sendo I) baixa, II) média/moderada e III) alta. A amostra por conveniência foi
delineada para ser representativa por sexo, região e idade das crianças. A consistência
interna e os domínios do instrumento foram verificados por meio do coeficiente alfa de
Cronbach. Os escores de neofobia foram descritos como média e desvio padrão para
variáveis quantitativas e como frequências e percentuais para variáveis categóricas. Esses
escores foram comparados entre as regiões do Brasil usando uma análise de variância
unidirecional seguida pelo teste post hoc de Tukey. A comparação dos escores de neofobia
de acordo com sexo e idade foi realizada por meio do teste t de Student. O teste Quiquadrado de Pearson foi utilizado para comparar os níveis de neofobia entre regiões, sexo
e idade. O teste t de Student foi utilizado para verificar a média para cada idade, se havia
diferença estatisticamente significante entre os escores de neofobia geral e os demais
domínios de acordo com o sexo. Todos os testes consideraram hipóteses bicaudais e nível
de significância de 5%. Resultados: Participaram do estudo de validação do instrumento
cuidadores de 1.112 crianças, uma amostra representativa de crianças de 4 a 11 anos no
Brasil, com abrangência de todas as regiões do país. A escala Likert do instrumento foi
pontuada de zero a quatro em todas as perguntas. O instrumento completo apresenta a
possibilidade de pontuação de 0 a 100, os domínios FNgen de 0 a 36, FNfru 0 a 32, e
FNveg de 0 a 32. O instrumento completo com todos os 25 itens apresentou excelente
consistência interna, α ≥ 0,9. O mesmo padrão também foi observado em seus três
domínios separadamente. A prevalência de alta NA foi observada em 33,4% das crianças
brasileiras. Não houve diferença significativa entre as regiões Brasileiras ou entre as
faixas etárias. Crianças brasileiras com transtorno do espectro autista (TEA) (n=593) e
com síndrome de Down (n=231) têm prevalência de alta NA de 73,9% e 41,1%
respectivamente. As crianças do Distrito Federal (n=595) obtiveram uma prevalência de
alta NA de 42.9%. Considerando a neurodiversidade, a prevalência nacional de alta NA
em crianças brasileiras (n=2,387) é de 44.2%, sendo divididas em grupos de crianças
neurotípicas com restrições alimentares (n=126), neurotípicas sem restrições alimentares
(n=1361), neurodivergentes com restrições alimentares (n=133), e neurodivergentes sem
restrições alimentares (n=767), sendo os valores da alta NA 29,4%, 33,4%, 62,4%, e 62,8% respectivamente. Conclusão: O estudo forneceu dados inéditos sobre a
prevalência e características da NA em crianças brasileiras. Este foi o primeiro estudo a
realizar a validação externa do BCFNeo, os resultados indicaram que o instrumento pode
ser amplamente utilizado no Brasil, em quaisquer crianças entre quatro e 11 anos. A NA
não diminui com o avançar da idade. Há uma prevalência de alta NA em crianças
neurodiversas, neurotípicas e neuroatípicas. Crianças brasileiras com autismo foram as
que apresentaram maior prevalência de alta NA. | pt_BR |
| dc.description.sponsorship | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). | pt_BR |
| dc.language.iso | por | pt_BR |
| dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
| dc.title | Neofobia alimentar em crianças brasileiras no contexto da neurodiversidade | pt_BR |
| dc.type | Tese | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Neofobia alimentar | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Prevalência | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Crianças | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Cuidadores | pt_BR |
| dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
| dc.description.abstract1 | Introduction: Food neophobia (FN) is the reluctance to eat new foods. It peaks in
childhood, around two to six years of age, and tends to decrease, stabilizing in adulthood.
Parental influence on eating habits, children’s innate preference for sweet and salty
flavors, parental pressure for the child to eat, lack of affection, encouragement and
encouragement from caregivers at mealtimes, childhood anxiety, lack of exposure to new
foods, preference for high-energy-density foods, the child’s lack of autonomy when
eating, and negative reactions to new stimuli are factors that influence and can generate
food neophobia. Children with FN demonstrate a less varied diet. There are several
studies on FN worldwide, but very few appropriate and validated instruments for each
type of audience that is intended to be evaluated. The Brazilian Children’s Food
Neophobia Questionnaire (BCFNeo) was developed to assess FN in Brazilian children
between four and 11 years of age. It is the only instrument in Brazil validated for this
audience. Caregivers respond according to their perception of their children's diet. The
BCFNeo has 25 items in total, divided into 3 domains: general neophobia (FNgen) with
9 items, fruit neophobia (FNfru) with 8 items, and vegetable neophobia (FNveg) with 8
items. Each question has five answer options, on a Likert scale. In Brazil, there is no
national data on the scenario of FN in children, whether these children present FN for
fruits and vegetables, as is observed in other countries. Aim: To classify food neophobia
in Brazilian children in the context of neurodiversity. Methodology: This is a
methodological study of instrument validation, subdivided into the following steps: (I)
Perform external validation of the instrument The Brazilian Children's Food Neophobia
Questionnaire; (II) Definition of the instrument score and construction of a score to
classify food neophobia; (III) Evaluation and characterization of the national prevalence
of food neophobia among Brazilian children; and (IV) Comparison of food neophobia
among neurodiverse, neurotypical, and neuroatypical Brazilian children. The sample of
this study included caregivers of Brazilian children aged four to 11 years, who agreed to
participate in the research and were familiar with the child's eating behavior. Snowball
recruitment used the non-probabilistic convenience sampling method. The instrument
was exported to a Google Forms® form, with sociodemographic questions added to
characterize the sample, and widely disseminated online. The instrument's score was inverted so that more neophobic behavior corresponded to a higher score, and lower
neophobia (or absence of neophobia) was the lowest score. Three categories of neophobia
were created: I) low, II) medium/moderate, and III) high. The convenience sample was
designed to be representative of the children's gender, region, and age. The internal
consistency and domains of the instrument were verified using Cronbach's alpha
coefficient. Neophobia scores were described as mean and standard deviation for
quantitative variables and as frequencies and percentages for categorical variables. These
scores were compared between regions of Brazil using one-way analysis of variance
followed by Tukey's post hoc test. Comparison of neophobia scores according to sex and
age was performed using Student's t-test. Pearson's chi-square test was used to compare
neophobia levels between regions, sex, and age. Student's t-test was used to verify the
mean for each age, and whether there was a statistically significant difference between
the overall neophobia scores and the other domains according to sex. All tests considered
two-tailed hypotheses and a significance level of 5%. Results: Caregivers of 1,112
children participated in the validation study of the instrument, a representative sample of
children aged 4 to 11 years in Brazil, covering all regions of the country. The Likert scale
of the instrument was scored from zero to four in all questions. The complete instrument
can score from 0 to 100, the FNgen domains from 0 to 36, FNfru from 0 to 32, and FNveg
from 0 to 32. The complete instrument with all 25 items showed excellent internal
consistency, α ≥ 0.9. The same pattern was also observed in its three domains separately.
The prevalence of high FN was observed in 33.4% of Brazilian children. There was no
significant difference between Brazilian regions or between age groups. Brazilian
children with autism spectrum disorder (ASD) (n = 593) and with Down syndrome
(n=231) have a prevalence of high FN of 73.9% and 41.1% respectively. Children from
the Federal District (n=595) had a prevalence of high FN of 42.9%. Considering
neurodiversity, the national prevalence of high FN in Brazilian children (n=2,387) is
44.2%, being divided into groups of neurotypical children with dietary restrictions
(n=126), neurotypical without dietary restrictions (n=1361), neurodivergent with dietary
restrictions (n=133), and neurodivergent without dietary restrictions (n=767), with the
values of high FN being 29.4%, 33.4%, 62.4%, and 62.8% respectively. Conclusion: The
study provided unprecedented data on the prevalence and characteristics of food
neophobia in Brazilian children. This was the first study to validate the BCFNeo
externally; the results indicated that the instrument can be widely used in Brazil, in any child between four and 11 years old. Food neophobia does not decrease with advancing
age. There is a prevalence of high FN in neurodiverse, neurotypical and neuroatypical
children. Brazilian children with autism were those who presented the highest prevalence
of high FN. | pt_BR |
| dc.description.unidade | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) | pt_BR |
| dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana | pt_BR |
| Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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