http://repositorio.unb.br/handle/10482/52906| Fichier | Taille | Format | |
|---|---|---|---|
| AdrianaDenniseRodriguezBlanco_TESE.pdf | 8,37 MB | Adobe PDF | Voir/Ouvrir |
| Titre: | A transfronteirização da cooperação em saúde na fronteira amazônica Oiapoque - St. Georges de l'oyapock e na eurorregiao Meuse-Rhine |
| Auteur(s): | Blanco, Adriana Dennise Rodriguez |
| Orientador(es):: | Gurgel, Helen da Costa |
| Assunto:: | Saúde transfronteiriça Regiões fronteiriças Acesso à saúde Fronteira franco-brasileira Eurorregião Meuse-Rhine |
| Date de publication: | 24-oct-2025 |
| Data de defesa:: | 2-jui-2025 |
| Référence bibliographique: | BLANCO, Adriana Dennise Rodriguez. A transfronteirização da cooperação em saúde na fronteira amazônica Oiapoque - St. Georges de l'oyapock e na eurorregiao Meuse-Rhine. 2025. 191 f., il. Tese (Doutorado em Geografia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
| Résumé: | As regiões de fronteira são altamente dinâmicas e complexas, que costumam ser percebidas como pouco relevantes para os centros decisórios dos países. Com frequência, o acesso efetivo aos serviços de saúde nestas áreas é de caráter diferenciado das demais regiões, o que tem gerado, no mundo todo, o surgimento de estratégias específicas de procurar serviços de saúde no país que fica do outro lado do limite internacional. O objetivo geral deste projeto é analisar a aplicabilidade do conceito saúde transfronteiriça nos estudos de deslocamentos transfronteiriços motivados pela procura de serviços de saúde, realizando uma comparação dos mecanismos de cooperação em saúde da fronteira franco-brasileira e da Euregio Meuse-Rhine (EMR). A fronteira franco-brasileira é um ponto de contato do Brasil (e do bloco Mercosul) com a União Europeia (UE), e trata-se de um espaço altamente vulnerável devido a seu isolamento rodoviário, social e econômico; e a EMR é um caso pioneiro da UE na regulamentação e integração de serviços transfronteiriços de saúde, que compreende três nações: Alemanha, Bélgica e Países Baixos. Foi utilizada a estratégia de triangulação de dados provenientes de revisão de escopo, observação participante, análise documental e análise de conteúdo de postagens numa rede social, sob a abordagem de saúde transfronteiriça. Os achados mostram que, desde uma perspectiva macrorregional, o Mercosul tem avançado pouco nos debates sobre saúde, sendo uma responsabilidade de cada Estado membro que desconsidera os possíveis deslocamentos transfronteiriços ocasionados pela procura de atendimento em áreas de fronteira; em contraste, na UE há uma perspectiva de livre mercado e fronteiras abertas para a circulação dos cidadãos que consomem serviços de saúde fora do seu país, com um marco institucional que permite acordos formais específicos para o reembolso. A perspectiva local mostrou que a fronteira franco-brasileira –geográfica e politicamente afastada da área Mercosul– possui uma cooperação transfronteiriça muito particular, iniciada na década de 1990 e dependente das autoridades federais, e que em temas de saúde se sustenta em colaborações informais e descontínuas. Muitas ações de cooperação têm sido realizadas por atuação de Organizações da Sociedade Civil (OSC) na mediação transfronteiriça em saúde indo assim além dos mecanismos formais (a Comissão Mista Transfronteiriça e o Conselho do Rio Oiapoque). Enquanto a EMR conta com diversos acordos de cooperação transfronteiriça desde 1944, com uma OSC como principal mecanismo formal de diálogo e mediação entre os atores da saúde dos três países envolvidos, assim como marcos legais e estratégias de troca transfronteiriça de informações de saúde bem definidos, baseados na autonomia das autoridades locais e regionais. Pese às diferenças na construção sociohistórica e espacial de ambas as fronteiras, ambos casos de estudo tiveram em comum a atuação de OSC em funções de intermediação. Além disso, apesar do nível de robustez de normativas e cooperação distintas ambas demostraram desafios semelhantes tanto na cooperação transfronteiriça em saúde quanto na gestão de crises epidêmicas, tais como a persistência de incompatibilidades fiscais e legais, ausência de mecanismos sustentáveis de financiamento de longo prazo, falta de harmonização dos dados em saúde e de coordenação em ações de saúde. |
| Abstract: | Border regions are highly dynamic and complex, often perceived as of little relevance to countries' decisionmaking centers. Effective access to health services in these areas is often limited, which has led to the emergence of strategies worldwide to seek health services in the country on the other side of the international border. The overall objective of this project is to analyze the applicability of the cross-border health concept in studies of cross-border mobility motivated by the search for health services, comparing the health cooperation mechanisms of the Franco-Brazilian border and the Euregion Meuse-Rhine (EMR). The FrancoBrazilian border is a point of contact between Brazil (and the Mercosur bloc) and the European Union (EU), and is a highly vulnerable space due to its road, social, and economic isolation; while the EMR is a pioneering case in the regulation and integration of cross-border health services in the EU, encompassing three nations: Germany, Belgium, and the Netherlands. A strategy of triangulation of data from scoping reviews, participant observation, document analysis, and content analysis of social media posts was used, with a crossborder health approach. From a macro-regional perspective, Mercosur has made little progress in health debates, with health as a national responsibility for each member state, disregarding the potential crossborder displacements caused by seeking care in border areas. In contrast, the EU offers a free market perspective and open borders for the movement of citizens who consume health services outside their country, with an institutional framework that allows for specific formal agreements to guarantee reimbursement. The local perspective showed that the Franco-Brazilian border—geographically and politically distant from the Mercosur region—has a very unique cross-border cooperation, initiated in the 1990s and dependent on federal authorities. In health matters, this cooperation is sustained by informal and discontinuous collaborations that depend on the work of Civil Society Organizations (CSOs) in cross-border health mediation that goes beyond formal mechanisms (the Joint Transboundary Commission and the Oiapoque River Council). The EMR has had several cross-border cooperation agreements since 1944, with a CSO as the main formal mechanism for dialogue and mediation between health actors in the three countries involved, as well as well-defined legal frameworks and strategies for the cross-border exchange of health information, based on the autonomy of local and regional authorities. Despite the differences in the sociohistorical and spatial construction of both borders, these two case studies had in common the role of CSOs in health intermediation, and also demonstrated similar challenges in cross-border health cooperation and epidemic crisis management, such as persistent fiscal and legal incompatibilities, the absence of sustainable long-term financing mechanisms, and a lack of harmonization of health data and coordination in health actions. |
| Resumen: | Las regiones fronterizas son altamente dinámicas y complejas, a menudo percibidas como poco relevantes para los centros de toma de decisiones de los países. El acceso efectivo a los servicios de salud en estas áreas suele ser limitado, lo que ha llevado al surgimiento de estrategias a nivel mundial para buscar servicios de salud en el país al otro lado de la frontera internacional. El objetivo general de este proyecto es analizar la aplicabilidad del concepto de salud transfronteriza en estudios de movilidad transfronteriza motivada por la búsqueda de servicios de salud, comparando los mecanismos de cooperación en salud de la frontera francobrasileña y la Eurregión Mosa-Rin (EMR). La frontera franco-brasileña es un punto de contacto entre Brasil (y el bloque del Mercosur) y la Unión Europea (UE), y es un espacio altamente vulnerable debido a su aislamiento terrestre, social y económico; mientras que la EMR es un caso pionero en la regulación e integración de los servicios de salud transfronterizos en la UE, que abarca tres naciones: Alemania, Bélgica y los Países Bajos. Se empleó una estrategia de triangulación de datos a partir de revisiones de escopo, observación participante, análisis documental y análisis de contenido de publicaciones en una red social, con un enfoque de salud transfronteriza. Desde una perspectiva macrorregional, el Mercosur ha avanzado poco en los debates sobre salud, considerando la salud como responsabilidad nacional de cada Estado miembro, sin considerar los posibles desplazamientos transfronterizos causados por la búsqueda de atención en áreas de frontera. En contraste, la UE ofrece una perspectiva de libre mercado y fronteras abiertas para la circulación de ciudadanos que consumen servicios de salud fuera de su país, con un marco institucional que permite acuerdos formales específicos para garantizar el reembolso. La perspectiva local mostró que la frontera franco-brasileña —geográfica y políticamente distante de la región del Mercosur— cuenta con una cooperación transfronteriza muy singular, iniciada en la década de 1990 y dependiente de las autoridades federales. En materia de salud, esta cooperación se sustenta en colaboraciones informales y discontinuas que dependen del trabajo de las Organizaciones de la Sociedad Civil (OSC) en la mediación transfronteriza en salud, que va más allá de los mecanismos formales (la Comisión Mixta Transfronteriza y el Consejo del Río Oiapoque). La EMR ha contado con varios acuerdos de cooperación transfronteriza desde 1944, con una OSC como principal mecanismo formal de diálogo y mediación entre los actores de la salud en los tres países involucrados, así como con marcos jurídicos y estrategias bien definidos para el intercambio transfronterizo de información sanitaria, basados en la autonomía de las autoridades locales y regionales. A pesar de las diferencias en la construcción sociohistórica y espacial de ambas fronteras, estos dos estudios de caso compartieron el papel de las OSC en la intermediación en salud, y demostraron desafíos similares en la cooperación transfronteriza en salud y la gestión de crisis epidémicas, como la persistencia de incompatibilidades fiscales y legales, la ausencia de mecanismos de financiación sostenibles a largo plazo y la falta de armonización de los datos de salud, y de coordinación de acciones en salud. |
| metadata.dc.description.unidade: | Instituto de Ciências Humanas (ICH) Departamento de Geografia (ICH GEA) |
| Description: | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Geografia, Programa de Pós-Graduação em Geografia, 2025. |
| metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Geografia |
| Licença:: | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. |
| Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) |
| Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
Tous les documents dans DSpace sont protégés par copyright, avec tous droits réservés.