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Please use this identifier to cite or link to this item: http://repositorio.unb.br/handle/10482/52283
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Title: Run to the hills : cupinzeiros como abrigo contra o fogo para a herpetofauna do Cerrado
Other Titles: Run to the hills : termite mounds as fire shelter for the Cerrado herpetofauna
Authors: Lima, Luis Felipe Carvalho de
Orientador(es):: Brandão, Reuber Albuquerque
Assunto:: Herpetofauna
Cerrados - incêndios florestais
Microclima
Biodiversidade
Resiliência (Ecologia)
Issue Date: 20-May-2025
Citation: LIMA, Luis Felipe Carvalho de. Run to the hills: cupinzeiros como abrigo contra o fogo para a herpetofauna do Cerrado. 2024. 52 f., il. Dissertação (Mestrado em Zoologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024.
Abstract: No Cerrado, os incêndios são fenômenos naturais sazonais que moldam a biodiversidade do bioma, com um histórico de ocorrências que contribuiu para a adaptação da fauna local. Embora os incêndios naturais sejam um componente crucial para a manutenção de certas espécies, a intensificação dos eventos provocados por atividades humanas pode desestabilizar o equilíbrio ecológico, afetando negativamente a sobrevivência e a regeneração das populações. Os cupinzeiros, estruturas naturais abundantes no Cerrado, desempenham papel vital como refúgios microclimáticos durante e após os incêndios, oferecendo abrigo e estabilidade térmica para diversos organismos. Este estudo investiga como cupinzeiros contribuem para a resiliência da herpetofauna do Cerrado durante e após incêndios, bem como que características estruturais desses abrigos afetam a abundância e a riqueza de espécies que buscam refúgio nesses locais. Testamos se a temperatura e a umidade interna dos cupinzeiros permanece mais estável que a temperatura e a umidade da superfície e do solo adjacente. Também avaliamos como diferenças de temperatura são influenciadas pelas características estruturais dos cupinzeiros. Buscamos testar a hipótese de que a temperatura e a umidade dentro dos cupinzeiros não foram afetadas pelos eventos de fogo estudados, onde esses parâmetros seriam mais estáveis dentro dos cupinzeiros em comparação com o ambiente ao redor. Para realizar nosso experimento, aproveitamos queimadas prescritas para simular incêndios naturais, registrando a temperatura e a umidade (com dataloggers) do interior de cupinzeiros em áreas sob efeito do fogo (UFE), em áreas um dia após o fogo (DAF) e em áreas sem fogo (AWF). Medimos o diâmetro, a altura, as temperaturas interna e externa, a umidade e características do habitat. Os cupinzeiros foram abertos para capturar e identificar a herpetofauna. Modelos Lineares Generalizados foram usados para relacionar a temperatura interna dos cupinzeiros às suas características estruturais. Analisamos 179 cupinzeiros, sendo 69 no tratamento AWF, 66 no tratamento UFE e 44 no tratamento DAF. Registramos 124 indivíduos de 15 espécies de répteis e 10 indivíduos de seis espécies de anfíbios utilizando os cupinzeiros como abrigo. O tratamento UFE apresentou a maior abundância (71 indivíduos) e riqueza de espécies (14 espécies), seguido pelo DAF com 37 indivíduos e 14 espécies e AWF, com 26 indivíduos e 10 espécies. A temperatura interna dos cupinzeiros variou entre 12,1ºC e 31,4ºC, enquanto umidade interna nunca esteve abaixo de 86.9%. Encontramos diferenças significativas nas temperaturas internas e externas dos cupinzeiros, com variações notáveis entre os tratamentos. Modelos GLM mostraram que a temperatura interna dos cupinzeiros no tratamento AWF não foi significativamente explicada pelas variáveis estudadas, enquanto no tratamento UFE, a temperatura interna não teve variáveis significativas associadas. No tratamento DAF, o volume dos cupinzeiros e o número de árvores explicaram a temperatura interna, com o volume tendo efeito positivo e o número de árvores com efeito negativo. A abundância e riqueza de espécies foram mais associadas ao volume dos cupinzeiros. O volume dos cupinzeiros teve efeito positivo significativo na abundância, enquanto o número de buracos e a temperatura interna variaram em seus efeitos, dependendo do tratamento. Nosso estudo reforça que cupinzeiros são amplamente utilizados pela herpetofauna do Cerrado, oferecendo abrigo essencial para várias espécies de répteis e anfíbios. A abundância de répteis dentro dos cupinzeiros sugere que esses animais buscam rotineiramente refúgio nessas estruturas, especialmente durante e após incêndios. Muitas espécies encontradas em áreas afetadas pelo fogo usam os cupinzeiros como abrigo temporário, embora não sejam residentes permanentes. Reptéis, particularmente lagartos, são mais representados, possivelmente devido à sua maior mobilidade, enquanto os anfíbios são menos abundantes nos cupinzeiros, refletindo sua preferência por ambientes úmidos e, teoricamente, menos propensos a incêndios. Além de proporcionar refúgio contra o fogo, os cupinzeiros servem como locais de alimentação e nidificação. As características estruturais dos cupinzeiros, como volume e número de buracos, influenciaram sua temperatura interna e, consequentemente, a disponibilidade de abrigo. A estabilidade térmica proporcionada pelos cupinzeiros durante e após os incêndios destaca sua importância como refúgios para a fauna do Cerrado e destaca o papel dessa estrutura não apenas na sobrevivência dos organismos mas também na gestão do fogo em áreas naturais.
Abstract: In the Cerrado, wildfires are natural and seasonal phenomena that shape the biome's biodiversity, with a history of occurrences that has driven local fauna adaptation. While natural fires are crucial for maintaining certain species, the intensification of fire events due to human activities can destabilize the ecological balance, negatively impacting population survival and regeneration. Termite mounds, abundant natural structures in the Cerrado, play a vital role as microclimatic refuges during and after fires, providing shelter and thermal stability for various organisms. This study investigates how termite mounds contribute to the resilience of the Cerrado's herpetofauna during and after fires, as well as which structural features of these shelters affect the abundance and richness of species seeking refuge there. We tested whether the internal temperature and humidity of the termite mounds remain more stable than those of the surface and adjacent soil. We also assessed how temperature differences are influenced by the structural characteristics of the termite mounds. We hypothesized that the temperature and humidity inside the termite mounds were not affected by the fire events studied, with these parameters being more stable inside the mounds compared to the surrounding environment. To conduct our experiment, we took advantage of prescribed burns to simulate natural fires, recording the temperature and humidity (using dataloggers) inside termite mounds in areas affected by fire (UFE), in areas one day after the fire (DAF), and in areas without fire (AWF). We measured diameter, height, internal and external temperatures, humidity, and habitat characteristics. The termite mounds were opened to capture and identify the herpetofauna. Generalized Linear Models were used to relate the internal temperature of the termite mounds to their structural characteristics. We analyzed 179 termite mounds, with 69 in the AWF treatment, 66 in the UFE treatment, and 44 in the DAF treatment. We recorded 124 individuals from 15 reptile species and 10 individuals from six amphibian species using the termite mounds as shelters. The UFE treatment showed the highest abundance (71 individuals) and species richness (14 species), followed by DAF with 37 individuals and 14 species, and AWF with 26 individuals and 10 species. The internal temperature of the termite mounds ranged from 12.1ºC to 31.4ºC, while internal humidity never dropped below 86.9%. Significant differences were found between the internal and external temperatures of the termite mounds, with notable variations among treatments. GLM models showed that the internal temperature of the termite mounds in the AWF treatment was not significantly explained by the studied variables, while in the UFE treatment, no significant variables were associated with internal temperature. In the DAF treatment, mound volume and the number of trees explained internal temperature, with volume having a positive effect and the number of trees a negative effect. Species abundance and richness were more associated with mound volume. Mound volume had a significant positive effect on abundance, while the number of holes and internal temperature varied in their effects depending on the treatment. Our study reinforces that termite mounds are widely used by the Cerrado's herpetofauna, providing essential shelter for various reptile and amphibian species. The abundance of reptiles within the mounds suggests that these animals routinely seek refuge in these structures, especially during and after fires. Many species found in fire-affected areas use the termite mounds as temporary shelters, though they are not permanent residents. Reptiles, particularly lizards, are more represented, possibly due to their greater mobility, while amphibians are less abundant in the mounds, reflecting their preference for moist environments, theoretically less prone to fires. In addition to providing refuge from fire, termite mounds serve as feeding and nesting sites. The structural characteristics of the termite mounds, such as volume and the number of holes, influenced their internal temperature and, consequently, the availability of shelter. The thermal stability provided by termite mounds during and after fires highlights their importance as refuges for the Cerrado fauna and underscores the role of these structures not only in the survival of organisms but also in fire management in natural areas.
metadata.dc.description.unidade: Instituto de Ciências Biológicas (IB)
Description: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia, 2024.
metadata.dc.description.ppg: Programa de Pós-Graduação em Zoologia
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