http://repositorio.unb.br/handle/10482/52205
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2024_CamilaBieteDeOliveira_DISSERT.pdf | 5,42 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Avaliação da relação entre insegurança alimentar e saúde mental em gestantes em vulnerabilidade social no DF |
Autor(es): | Oliveira, Camila Biete de |
Orientador(es): | Pizato, Nathalia Marcolini Pelucio |
Assunto: | Bem-estar Insegurança alimentar Gestantes Práticas parentais Saúde mental Vulnerabilidade social |
Data de publicação: | 9-Mai-2025 |
Data de defesa: | 29-Ago-2024 |
Referência: | OLIVEIRA, Camila Biete de. Avaliação da relação entre insegurança alimentar e saúde mental em gestantes em vulnerabilidade social no DF. 2024. 174 f., il. Dissertação (Mestrado em Nutrição Humana) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Resumo: | Introdução: Durante a gestação as condições de vulnerabilidade podem afetar a saúde mental e fragilizar as relações psicossociais e parentais. Além disso, a insegurança alimentar está associada à piora da saúde mental e bem-estar em gestantes. Objetivo: Investigar a associação entre a Insegurança Alimentar (IA), a saúde mental e crenças e práticas parentais de gestantes em vulnerabilidade social. Método: A revisão sistemática abordando a associação entre IA e depressão em gestantes foi realizada de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses e registrada no International Prospective Register of Systematic Reviews, sob o número CRD42022373615. As buscas sistemáticas dos artigos foram realizadas em dez bases de dados eletrônicas e literatura cinzenta. Não foram aplicadas restrições quanto à data de publicação e idade das gestantes, porém houve restrição quanto ao desenho metodológico dos estudos, sendo elegíveis apenas estudos observacionais. A avaliação do risco de viés usou como referência o checklist para avaliação crítica de estudos de coorte e transversais, desenvolvido pelo Joanna Briggs Institute. A metanálise foi realizada por meio do modelo de efeitos randômicos, a partir do método DerSimonian-Laird. O estudo original transversal foi aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE: 32390620.0.0000.0030) e foi conduzido com mulheres acompanhadas pelo PCFB enquanto gestantes. O risco para insegurança alimentar foi avaliado pelo instrumento de dois itens de Triagem para Insegurança Alimentar – Tria. Sintomas de depressão foram avaliados pelo Inventário de Depressão Beck II e crenças e práticas parentais foram avaliadas pela Escala de Crenças Parentais e Práticas de Cuidado (ECPPC). Resultados: Na revisão sistemática foram incluídos dezoito artigos, compreendendo um total de 27.882 gestantes. Para a metanálise, foram incluídos 10 artigos, totalizando 18.987 gestantes com idade entre 14 e 45 anos. As gestantes expostas à insegurança alimentar possuem 2,52 vezes mais chances de apresentarem depressão [(OR: 2,52; IC 95%: 2,11 – 3,02), I2 = 73,23%]. O estudo transversal incluiu 132 mulheres com idade entre 18 e 46 anos. Entre as participantes, a prevalência do risco de IA foi de 81,1% e dois terços apresentaram sintomas de depressão (67,42%; IC 95%: 58,90 – 74,93). Cerca de metade das mulheres apresentaram crenças e práticas parentais adequadas (50,8%) e receberam quatro visitas domiciliares (54,5%) durante a gravidez. Foi observada associação significativa entre o número de visitas do PCFB e sintomas de depressão, sendo que mulheres que receberam 4 visitas do programa apresentaram 24% menor prevalência de sintomas de depressão (RP 0,76; IC 95%: 0,59 – 0,98) em relação às que receberam menos de 4 visitas. Conclusão: Gestantes expostas a insegurança alimentar possuem maiores chances de apresentarem sintomas de depressão. As gestantes acompanhadas pelo PCFB apresentaram alta prevalência de risco para IA e sintomas de depressão, apesar de metade das gestantes terem mostrado práticas parentais adequadas. As mulheres que receberam mais visitas do PCFB apresentaram menor prevalência de sintomas de depressão. |
Abstract: | Introduction: During pregnancy, vulnerable conditions can affect mental health and weaken psychosocial and parental relationships. Furthermore, food insecurity is associated with worsening mental health and well-being in pregnant women. Objective: To investigate the association between Food Insecurity (FI), mental health and parental beliefs and practices of socially vulnerable pregnant women. Method: The systematic review addressing the association between FI and depression was carried out in accordance with the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and MetaAnalyses (PRISMA) and registered in the International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO), under number CRD42022373615. The systematic search for articles was carried out in ten electronic databases and gray literature. No restrictions were applied regarding the date of publication and age of the pregnant women, but there were restrictions regarding the methodological design of the studies, with only observational studies being eligible. The risk of bias assessment used as a reference the checklist for critical assessment of cohort and cross-sectional studies, developed by the Joanna Briggs Institute (JBI). The meta-analysis was carried out using the random effects model, using the DerSimonian-Laird method. The original cross-sectional study was approved by the Ethics Committee (CAAE: 32390620.0.0000.0030) and was conducted with women monitored by the PCFB while pregnant. The risk for food insecurity was assessed using the two-item Food Insecurity Screening Instrument – Tria. Symptoms of depression were assessed by the Beck II Depression Inventory and parental beliefs and practices were assessed by the Parental Beliefs and Early Childhood Care Practices Scale (ECPPC). Results: In the systematic review, eighteen articles were included, comprising a total of 27,882 pregnant women. For the meta-analysis, 10 articles were included, totaling 18,987 pregnant women aged between 14 and 45 years. Pregnant women exposed to the food insecurity are 2.52 times more likely to experience depression [(OR: 2.52; 95% CI: 2.11 – 3.02), I2 = 73.23%]. The cross-sectional study included 132 women aged between 18 and 46 years. Among the participants, the prevalence of IA risk was 81.1% and two thirds had symptoms of depression (67.42%; 95% CI: 58.90 – 74.93). About half of the women had adequate parenting practices (50.8%) and received four home visits (54.5%) during pregnancy. A significant association was observed between a number of PCFB visits and symptoms of depression, with women who received 4 PCFB visits having a 24% lower prevalence of depression symptoms (PR 0.76; 95% CI: 0.59 – 0.98) compared to those who received less than 4 visits. Conclusion: Pregnant women exposed to food insecurity are more likely to experience symptoms of depression. Pregnant women monitored by the PCFB showed a high prevalence of risk for FI and symptoms of depression, despite half of the pregnant women having demonstrated adequate parental practices. Women who received more PCFB visits had a lower prevalence of depression symptoms. |
Unidade Acadêmica: | Faculdade de Ciências da Saúde (FS) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana, 2024. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Nutrição Humana |
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Agência financiadora: | Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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