http://repositorio.unb.br/handle/10482/52121
Fichier | Description | Taille | Format | |
---|---|---|---|---|
2024_RodolfoNazarethJunqueiraFonseca_TESE.pdf | 12,05 MB | Adobe PDF | Voir/Ouvrir |
Titre: | A biografia de um patrimônio cultural : entre a rememoração, o apagamento e a potência das ruínas estudo de caso de um sítio arqueológico na cidade de Ouro Preto (MG) |
Autre(s) titre(s): | The biography of a cultural heritage : between remembrance, erasure and the power of ruins – case study of an archaeological site in the city of Ouro Preto (Brazil) La biographie d'un patrimoine culturel : entre mémoire, effacement et pouvoir des ruines – étude de cas d'un site archéologique de la ville d'Ouro Preto (Brésil) |
Auteur(s): | Fonseca, Rodolfo Nazareth Junqueira |
Orientador(es):: | Farias, Edson Silva de |
Assunto:: | Sítios arqueológicos Patrimônio cultural - Brasil Patrimonialização Ouro Preto - MG |
Date de publication: | 30-avr-2025 |
Data de defesa:: | 5-aoû-2024 |
Référence bibliographique: | FONSECA, Rodolfo Nazareth Junqueira. A biografia de um patrimônio cultural: entre a rememoração, o apagamento e a potência das ruínas estudo de caso de um sítio arqueológico na cidade de Ouro Preto (MG). 2024. 268 f., il. Tese (Doutorado em Sociologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2024. |
Résumé: | Esta tese analisa a patrimonialização tardia do Sítio Arqueológico do Morro da Queimada, território em ruínas de um próspero arraial minerador do início do século XVIII, anterior a própria cidade de Ouro Preto (MG). Sua patrimonialização é analisada enquanto um processo que é por natureza dinâmico, descontínuo, inacabado ou não consolidado ainda na atualidade do caso. Para tal, documenta-se e estrutura-se esta patrimonialização em um largo período, jogando luzes sob sua descontinuidade, identificando e analisando sociologicamente momentos, processos, discursos e sujeitos, de maneira a constituir a proposta de um método de análise sócio-histórica da patrimonialização na longa duração. Neste método a patrimonialização é abordada em sua processualidade sócio-histórica tanto linear quanto anacrônica, constituída de políticas de memória, contíguas, coexistentes ou concorrentes no tempo e no espaço de um bem cultural, nos quais diferentes interdependências sociofuncionais tomam em cada tempo uma forma de patrimonialização do lugar, formando uma figuração, que por sua vez, se expressa em mentalidades e imaginários em que o que, como e para quem se preserva muda ao longo do processo sócio-histórico. Demonstra-se que é exatamente na mudança dos padrões de interdependência é que ocorre a mudança das concepções de patrimônio cultural ao longo do tempo. O que importa não é o patrimônio em si, mas as relações, interdependências e equilíbrio de tensões estabelecidas, a partir e com o patrimônio em diferentes tempos. O que é ou não patrimônio está em movimento e muda na longa duração. Uma patrimonialização precisa ser movida pela capacidade de imaginar dentro das políticas de memória, a ponto de reconhecer como um bem patrimonial foi, é, e continuará sendo atravessado por diferentes governos, políticas e institucionalidades no tempo e no espaço. Neste sentido, o que é socialmente considerado patrimônio, ao mesmo tempo, inclui e exclui o não patrimônio. A ruína é revelada como a síntese anacrônica do processo, expressão do movimento e da dialética entre preservar e destruir, existente em toda patrimonialização, porque se coloca na encruzilhada, dialética, além do lugar de memória e da oposição entre história e memória, nem somente material ou imaterial, inacabada e potente ao que pode ser ou se tornar, o que fundamenta a proposição da noção do “lugar de ruína”. É necessário patrimonializar a ruína no movimento entre o destruir e o por vir. |
Abstract: | This thesis analyzes the late patrimonialization of the Morro da Queimada Archaeological Site, territory in ruins of a prosperous mining camp from the beginning of the 18th century, prior to the city of Ouro Preto (Brazil). Its patrimonialization is analyzed as a process that is by nature dynamic, discontinuous, unfinished or not yet consolidated at the current time of the case. To this end, this patrimonialization is documented and structured over a long period, shedding light on its discontinuity, identifying and sociologically analyzing moments, processes, discourses and subjects, in order to constitute the proposal for a method of socio-historical analysis of long-term patrimonialization. In this method, patrimonialization is approached in its socio-historical processuality, both linear and anachronistic, consisting of memory policies, contiguous, coexisting or competing in time and space of a cultural asset, in which different sociofunctional interdependencies take on each time a form of patrimonialization of the place, forming a figuration, which in turn, is expressed in mentalities and imaginaries in which what, how and for whom is preserved changes throughout the socio-historical process. It is demonstrated that it is precisely through changing patterns of interdependence that changes in conceptions of cultural heritage occur over time. What matters is not the heritage itself, but the relationships, interdependencies and balance of tensions established, from and with the heritage at different times. What is or is not heritage is in motion and changes over the long term. Patrimonialization needs to be driven by the ability to imagine within the politics of memory, to the point of recognizing how a heritage asset was, is, and will continue to be crossed by different governments, policies and institutionalities in time and space. In this sense, what is socially considered heritage, at the same time, includes and excludes non-heritage. The ruin is revealed as the anachronistic synthesis of the process, expression of the movement and dialectic between preserving and destroying, existing in all patrimonialization, because it is placed at the crossroads, dialectic, beyond the place of memory and the opposition between history and memory, not only material or immaterial, unfinished and powerful to what it can be or become, which underlies the proposition of the notion of “place of ruin”. It is necessary to patrimonialize the ruin in the movement between destruction and what is to come. |
Résumé: | Cette thèse analyse la patrimonialisation tardive du site archéologique de Morro da Queimada, territoire en ruines d'un camp minier prospère du début du XVIIIe siècle, antérieur à la ville d'Ouro Preto (Brésil). Sa patrimonialisation est analysée comme un processus par nature dynamique, discontinu, inachevé ou non encore consolidé à l’heure actuelle du dossier. Pour cela, cette patrimonialisation est documentée et structurée sur une longue période, mettant en lumière sa discontinuité, identifiant et analysant sociologiquement des moments, des processus, des discours et des sujets, afin de constituer la proposition d'une méthode d'analyse socio-historique des temps longs. terme de patrimonialisation. Dans cette méthode, la patrimonialisation est abordée dans sa processualité socio-historique, à la fois linéaire et anachronique, constituée de politiques mémorielles, contiguës, coexistantes ou concurrentes dans le temps et dans l'espace d'un bien culturel, dans lesquelles différentes interdépendances socio-fonctionnelles assument à chaque fois un forme de patrimonialisation du lieu, formant une figuration, qui à son tour s'exprime dans des mentalités et des imaginaires dans lesquels quoi, comment et pour qui est préservé change tout au long du processus socio-historique. Il est démontré que c’est précisément à travers l’évolution des modèles d’interdépendance que les changements dans les conceptions du patrimoine culturel se produisent au fil du temps. Ce qui compte n’est pas le patrimoine lui-même, mais les relations, les interdépendances et l’équilibre des tensions établies, à partir et avec le patrimoine à différentes époques. Ce qui est ou n'est pas patrimoine est en mouvement et évolue sur le long terme. La patrimonialisation doit être motivée par la capacité d’imaginer la politique de la mémoire, au point de reconnaître comment un bien patrimonial a été, est et continuera d’être traversé par différents gouvernements, politiques et institutions dans le temps et dans l’espace. En ce sens, ce qui est socialement considéré comme un patrimoine inclut et exclut à la fois le non-patrimoine. La ruine se révèle comme la synthèse anachronique du processus, expression du mouvement et de la dialectique entre conserver et détruire, existant dans toute patrimonialisation, car elle se situe à la croisée des chemins, de la dialectique, au-delà du lieu de la mémoire et de l'opposition entre histoire et mémoire. , non seulement matériel ou immatériel, inachevé et puissant par rapport à ce qu'il peut être ou devenir, ce qui sous-tend la proposition de la notion de “lieu de ruine”. Il faut patrimonialiser la ruine dans le mouvement entre la destruction et l’avenir. |
metadata.dc.description.unidade: | Instituto de Ciências Sociais (ICS) Departamento de Sociologia (ICS SOL) |
Description: | Tese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Sociologia, Programa de Pós-Graduação em Sociologia, 2024. |
metadata.dc.description.ppg: | Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
Licença:: | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. |
Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) |
Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
Tous les documents dans DSpace sont protégés par copyright, avec tous droits réservés.