http://repositorio.unb.br/handle/10482/52886| Arquivo | Tamanho | Formato | |
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| FabianaFeitosaCavalcanteAmancio_DISSERT.pdf | 1,41 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir | 
| Título: | Teste molecular na detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis em colo de útero de mulheres jovens no SUS | 
| Autor(es): | Amancio, Fabiana Feitosa Cavalcante | 
| Orientador(es): | Carneiro, Fabiana Pirani | 
| Assunto: | Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) HPV Exame citopatológico Colo uterino Teste molecular Sistema Único de Saúde (Brasil) | 
| Data de publicação: | 23-out-2025 | 
| Data de defesa: | 26-mar-2025 | 
| Referência: | AMANCIO, Fabiana Feitosa Cavalcante. Teste molecular na detecção de Infecções Sexualmente Transmissíveis em colo de útero de mulheres jovens no SUS. 2025. 76 f., il. Dissertação (Mestrado em Ciências Médicas) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. | 
| Resumo: | No Brasil, os testes moleculares ainda não são rotineiramente utilizados no rastreamento e diagnóstico das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) no Sistema Único de Saúde (SUS). A maioria das ISTs que atingem o trato genital feminino é assintomática ou apresenta sinais e sintomas que podem ser confundidos com os causados por outras doenças ginecológicas e infecções endógenas. A IST, quando não é diagnosticada, pode ser transmitida para os parceiros sexuais e, ao provocar ulceração na mucosa, facilitar a infecção por outros agentes de IST mais graves, como HIV e vírus da hepatite B. Além disso, o tratamento de IST, apenas com base em achados clínicos, pode implicar em diagnóstico falso-positivo e em uso desnecessário de antimicrobianos com surgimento de infecções resistentes ao tratamento. O objetivo deste estudo foi avaliar a frequência dos principais agentes de ISTs curáveis e não curáveis detectáveis em amostras de colo de útero de pacientes jovens atendidas no SUS. Foram incluídas pacientes com idade entre 18 a 25 anos que foram submetidas a teste molecular para detecção de HPV e de outros tipos de agentes de IST (Chlamydia trachomatis Mycoplasma genitalium, Vírus Herpes simplex virus 1 e 2, Trichomonas vaginalis, Neisseria gonorrhoeae, Haemophilus ducreyi e Treponema pallidum), a exame citopatológico de colo de útero e a exame clínico. Um total de 300 pacientes foram incluídas. A maioria (52,67%, 158) das pacientes apresentou pelo menos um tipo de IST (infecção por HPV e/ou por outro tipo de agente de IST): 38,33% (115), apenas infecção por HPV; 5,67% (17), apenas infecção por outros tipos de IST; e 8,67% (26) por HPV e por outros agentes de IST. Infecção por pelo menos 1 tipo de HPV foi detectada em 47% (141) do total de pacientes, sendo que, em 32,33% (97) das pacientes pelo menos 1 tipo de HPV de alto risco foi detectado. Do total de pacientes, 20,67% (62) apresentou infecção por apenas HPV de alto risco, 12,67% (38) apenas HPV de baixo risco, 11,67% (35) por ambos os tipos e 2% (6) por genótipos de HPV não determinados. Infecção por múltiplos de HPV foi detectada em 18,67% (56) do total de pacientes. Pelo menos um dos outros tipos de agentes de ISTs foi detectado em 14,33% (43) das pacientes. A frequência dos agentes, detectados no total de pacientes, foi a seguinte: Chlamydia trachomatis em 10,67% (32), Mycoplasma genitalium em 3% (9); Vírus Herpes simplex virus 2 em 1% (3); Trichomonas vaginalis em 0,67% (2); Neisseria gonorrhoeae em 0,33% (1). Infecção múltipla por outros tipos de ISTs (por mais de 1 tipo de agente de IST não HPV) foi observada em 1,33% (4) das pacientes. Os agentes Haemophilus ducreyi, Treponema pallidum e Vírus Herpes simplex 1 não foram detectados. Houve associação positiva e significativa de infecção por outros tipos de IST com infecção por HPV de alto risco e com exame citopatológico de colo de útero alterado. O exame citopatológico de colo de útero estava alterado (com atipias celulares) em 42,66% (128). Os sinais sugestivos de IST dos tipos verruga, úlcera herpética e cervicite (colo com muco turvo/amarelado e friável/sangrante) foram observados respectivamente em 0,38%, 0,38% e 10,03% do total de pacientes (259). A maioria das pacientes com teste positivo para outros tipos de IST não apresentou sinais e sintomas ou apresentou sinais e sintomas inespecíficos. Não houve associação significativa de infecção por outros tipos de IST com sinais e sintomas ginecológicos inespecíficos ou sugestivos de cervicite. Pode-se concluir que as ISTs, detectáveis por teste molecular no colo de útero de pacientes jovens atendidas no SUS, são frequentes sendo que 38,67% das pacientes apresentam apenas infecções incuráveis (por HPV e Herpes simplex vírus 2), 5,33% apenas infecções curáveis (por Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium, Trichomonas vaginalis e Neisseria gonorrhoeae), e 8,67% infecções incuráveis e curáveis. A frequência de exame citopatológico alterado é elevada em pacientes jovens devido à associação positiva e significativa com as ISTs. A ausência de associação positiva e significativa com sinais e sintomas sugestivos ressalta a importância do teste molecular na identificação das ISTs. | 
| Abstract: | In Brazil, molecular tests are not yet routinely used in the screening and diagnosis of Sexually Transmitted Infections (STIs) in the unified health system (SUS). Most STIs that affect the female genital tract are asymptomatic or present signs and symptoms that can be confused with those caused by other gynecological diseases and endogenous infections. When STIs are not diagnosed, they can be transmitted to sexual partners and, by causing mucosal ulceration, facilitate infection by other more serious STI agents, such as HIV and hepatitis B virus. In addition, STI treatment, based only on clinical findings, may result in a false-positive diagnosis and unnecessary use of antimicrobials with the emergence of treatment-resistant infections. The aim of this study was to evaluate the frequency of the main detectable curable and non-curable STI agents in cervical samples from young patients treated in the SUS. Patients aged 18 to 25 years who underwent molecular testing for HPV and other types of STI agents (Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium, Herpes simplex virus 1 and 2, Trichomonas vaginalis, Neisseria gonorrhoeae, Haemophilus ducreyi and Treponema pallidum), cervical cytopathological examination and clinical examination. A total of 300 patients were included. The majority (52.67%, 158) of the patients had at least one type of STI (infection by HPV and/or other type of STI agent): 38.33% (115), only HPV infection; 5.67% (17), only infection by other types of STIs; and 8.67% (26) due to HPV and other STI agents. Infection by at least 1 type of HPV was detected in 47% (141) of the total number of patients, and in 32.33% (97) of the patients at least 1 type of high-risk HPV was detected. Of the total number of patients, 20.67% (62) were infected with only high-risk HPV, 12.67% (38) with only low-risk HPV, 11.67% (35) with both types and 2% (6) with non-determined HPV genotypes. Infection by HPV multiples was detected in 18.67% (56) of the total number of patients. At least one of the other types of STI agents was detected in 14.33% (43) of the patients. The frequency of the agents, detected in the total number of patients, was as follows: Chlamydia trachomatis in 10.67% (32), Mycoplasma genitalium in 3% (9); Herpes simplex virus 2 in 1% (3); Trichomonas vaginalisin 0.67% (2); Neisseria gonorrhoeae by 0.33% (1). Multiple infection with other types of STIs (by more than 1 type of non-HPV STI agent) was observed in 1.33% (4) of the patients. The agents Haemophilus ducreyi, Treponema pallidum and Herpes simplex virus 1 were not detected. There was a positive and significant association between infection by other types of STI and high-risk HPV infection and altered cervical cytopathology tests. The Pap smear test of the cervix was altered (with cell acts) in 42.66% (128). Signs suggestive of wart, herpetic ulcer and cervicitis STI of the wart, herpetic ulcer and cervicitis (cervix with cloudy/yellowish and friable/bleeding mucus) were observed in 0.38%, 0.38% and 10.03% of the total number of patients (259), respectively. Most patients who test positive for other types of STIs have no signs and symptoms or have nonspecific signs and symptoms. There was no significant association between infection with other types of STIs and nonspecific gynecological signs and symptoms suggestive of cervicitis. It can be conclused that STIs, detectable by molecular testing in the cervix of young patients treated at the SUS, are frequent, with 38.67% of the patients having only incurable infections (by HPV and Herpes simplex virus 2), 5.33% only curable infections (by Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium, Trichomonas vaginalis and Neisseria gonorrhoeae), and 8.67% incurable and curable infections. The frequency of abnormal Pap smears is high in young patients due to the positive and significant association with STIs. The absence of a positive and significant association with suggestive signs and symptoms highlights the importance of molecular testing in the identification of STIs. | 
| Unidade Acadêmica: | Faculdade de Medicina (FM) | 
| Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, 2025. | 
| Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas | 
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| Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF). | 
| Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado | 
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