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Título: Percepções de docentes da Educação e Saúde sobre os riscos, benefícios e a viabilidade da adoção de textos escritos híbridos por estudantes e inteligência artificial em pesquisas na graduação
Autor(es): Santos, Daniel Oliveira dos
Orientador(es): Sousa, Carlos Alberto Lopes de
Assunto: Inteligência artificial
Escrita acadêmica
Texto híbrido
Ensino superior
Data de publicação: 23-Out-2025
Referência: SANTOS, Daniel Oliveira dos. Percepções de docentes da Educação e Saúde sobre os riscos, benefícios e a viabilidade da adoção de textos escritos híbridos por estudantes e inteligência artificial em pesquisas na graduação. 2025. 139 f., il. Dissertação (Mestrado em Educação) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025.
Resumo: A pesquisa investiga a compreensão dos docentes das áreas da educação e saúde sobre o uso de tecnologias de Inteligência Artificial (IA) na produção de textos acadêmicos híbridos por seus estudantes. Ao contextualizar a pesquisa, são expostos aspectos sobre o texto híbrido e a integridade acadêmica na educação superior. A metodologia utilizada segue uma abordagem qualitativa, com análise de conteúdo baseada em Bardin (1977) e triangulação de dados segundo Triviños (1987). A coleta de dados foi realizada por de dez entrevistas semiestruturadas feitas com docentes de uma universidade privada do Distrito Federal. Nove entre os dez professores entrevistados já fizeram uso de ferramentas de IA generativa, mesmo de forma exploratória. Entre as várias percepções sobre a IA na produção textual, destaca-se a compreensão docente sobre os riscos, os benefícios e as condições para viabilizar a adoção das práticas de textos híbridos (IA e estudantes) em pesquisas na graduação. Os resultados da pesquisa indicaram os “riscos” da IA na escrita de textos estão associados às seguintes subcategorias e menções no conteúdo das entrevistas: plágio [05], ética e moral [05], falta de leitura crítica [04], dependência da IA [02] e o imediatismo [02]. A noção de risco se associa às percepções negativas em relação uso da IA na escrita, havendo um alinhamento dominante quanto a compreensão “negativa” sobre a capacidade de os estudantes produzirem textos híbridos, representado pelas subcategorias plágio [05], ética e moral [04], delimitar diferenciação no texto híbrido: IA e humano [04]. Já os “benefícios” foram associados às subcategorias auxílio à escrita [06], gerador/inspirador de ideias [03], inteligência ampliada [02]; confrontar conceitos (da IA e do humano) [02]; auxílio à interpretação de texto [01]; personalização [01]. As condições para viabilizar a adoção das práticas de textos híbridos (IA e estudantes) se associam à formação [04], ética e moral [02], regulamentação do uso da IA [02]; orientação [01]. Aspectos que acentuam condicionalidades para o uso da IA na graduação e aquelas ambivalentes, são representadas, respectivamente, pela necessidade de formação e o sentido paradoxal entre qualificar os estudantes que têm maturidade versus os imaturos para apropriação da IA na escrita de textos híbridos [03]. Visando mitigar os riscos do mau uso da IA e seus efeitos negativos foram evidenciadas as categorias “condicional” com a formação [05] e “normativa”: regulamentação [3]. O estudo destaca que os professores enfrentam dificuldades na compreensão do que é benéfico no uso da IA. Os docentes ainda não possuem uma prática sistemática e rotineira de utilização da IA generativa, encontrando-se em uma fase de pré-apropriação dessa tecnologia, o que demanda processos de qualificação. Além disso, urge a necessidade de normatização que estabeleçam as diretrizes e as formas de utilização da IA no contexto universitário.
Abstract: The research investigates the understanding of faculty members in the fields of education and health regarding the use of Artificial Intelligence (AI) technologies in the production of hybrid academic texts by their students. In contextualizing the study, aspects related to hybrid texts and academic integrity in higher education are presented. The methodology follows a qualitative approach, employing content analysis based on Bardin (1977) and data triangulation according to Triviños (1987). Data collection was conducted through ten semi-structured interviews with professors from a private university in the Federal District of Brazil. Nine out of the ten interviewed professors reported having used generative AI tools, even if only in an exploratory manner. Among the various perceptions about AI in text production, the study highlights the faculty's understanding of the risks, benefits, and conditions necessary to enable the adoption of hybrid writing practices (AI and students) in undergraduate research. The research findings indicate that the “risks” of AI use in writing are associated with the following subcategories and mentions in the interview content: plagiarism [05], ethics and morality [05], lack of critical reading [04], dependence on AI [02], and immediacy [02]. The notion of risk is tied to negative perceptions of AI use in writing, with a dominant alignment toward a “negative” view of students’ ability to produce hybrid texts, represented by the subcategories: plagiarism [05], ethics and morality [04], and difficulty distinguishing between AI-generated and humanwritten text [04]. Conversely, the “benefits” were linked to subcategories such as writing assistance [06], idea generation/inspiration [03], enhanced intelligence [02], contrasting concepts (AI vs. human) [02], reading comprehension support [01], and personalization [01]. The conditions necessary to enable the adoption of hybrid writing practices (AI and students) were associated with training [04], ethics and morality [02], AI use regulations [02], and guidance [01]. Elements that reinforce the conditionality of AI use in undergraduate education and those that are ambivalent are represented, respectively, by the need for training and the paradox of qualifying students who are mature versus those who are not ready to appropriately engage with AI in hybrid writing [03]. To mitigate the risks of AI misuse and its negative effects, the study emphasizes the categories of “conditional”—linked to training [05]—and “normative”—linked to regulation [03]. The research underscores that professors face challenges in understanding the benefits of AI use. Faculty members do not yet have a systematic or routine practice in using generative AI and are currently in a pre-appropriation stage of this technology, highlighting the need for professional development. Moreover, there is an urgent need for regulations that define the guidelines and proper use of AI within the university context.
Unidade Acadêmica: Faculdade de Educação (FE)
Informações adicionais: Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, 2025.
Programa de pós-graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Licença: A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.
Aparece nas coleções:Teses, dissertações e produtos pós-doutorado

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