| Élément Dublin Core | Valeur | Langue |
| dc.contributor.advisor | Roesler, Claudia Rosane | - |
| dc.contributor.author | Fonseca, Guilherme Campos | - |
| dc.date.accessioned | 2025-10-06T16:53:30Z | - |
| dc.date.available | 2025-10-06T16:53:30Z | - |
| dc.date.issued | 2025-10-06 | - |
| dc.date.submitted | 2025-02-25 | - |
| dc.identifier.citation | FONSECA, Guilherme Campos. Extranormatividade jurídica: introdução à dialética do estranhamento. 2025. 105 f. Dissertação (Mestrado em Direito) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. | pt_BR |
| dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/52546 | - |
| dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Faculdade de Direito, Programa de Pós-Graduação em Direito, 2025. | pt_BR |
| dc.description.abstract | Neste trabalho buscamos lançar algumas bases provocativas para uma nova forma de
compreensão da estrutura discursiva da normatividade jurídica, questionando o
desenvolvimento altamente individualizado que tem marcado a agenda progressista nos últimos
anos. No campo do direito, procuramos problematizar o uso hipostasiado do método cartesiano
na formação do discurso da normatividade jurídica, utilizando como base estudos críticos sobre
a tradição da tópica e da jurisprudência. Após um resgate do contexto histórico europeu que
fomentou parte desses debates, especialmente nos estudos de gênero e sexualidade, buscamos
diferenciar o que entendemos por uma perspectiva discursiva e como ela não apenas pode, como
necessita, se relacionar com uma dimensão fenomenológica da ação humana. Nesse sentido,
abordamos o fato de que enquanto a homossexualidade se fortaleceu como categoria neutra e
homogeneizante, a transexualidade apareceu no discurso principalmente por formas
heróico-martirizadas, romantizando ou espetacularizando o sofrimento dessas pessoas.
Contudo, procuramos indicar outras formas de pensar a relação dessas identidades com a
estrutura cultural em que elas se inserem. Após estabelecermos essa base dinâmica da estrutura
cultural, saltamos para uma de suas estruturas discursivas mais propícias à normalização das
práticas e expressões sociais: a normatividade jurídica. Sugerimos que, se o Estado é a forma
do Capital, o Direito se apresenta como a forma da normatividade social. Através de sua
estrutura inerentemente discursiva, o Direito se constitui no aparato de excelência da estrutura
moderna para articular diferentes dispositivos de controle dos sujeitos. Assim, em busca de uma
abordagem que não reproduza a mesma dinâmica universalista que tende a caracterizar não só
o direito, como a própria estrutura cultural burguesa, argumentamos em favor de uma atitude
de estranhamento em face da normatividade posta. Essa atitude se direciona na busca de um
posicionamento teórico que compreenda a estrutura social por aquilo que a excede, isto é, por
aquilo que extrapola seu discurso, sua normatividade. Nesse sentido, concluímos pela
necessidade de novos desenvolvimentos teóricos marginais, e não apenas práticos, em relação
à estrutura cultural contemporânea. Com o intuito de prevenir novas reproduções da dinâmica
discursiva universalista do capital, apontamos para a necessidade de abandono da lógica
assimilacionista, universal e neutra. Assim, apresentamos o estranhamento como uma categoria
de trabalho possível que possa modificar a forma dialética típica da norma jurídica, com o
intuito de abandonar o ideário totalizante do consenso. | pt_BR |
| dc.language.iso | por | pt_BR |
| dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
| dc.title | Extranormatividade jurídica : introdução à dialética do estranhamento | pt_BR |
| dc.type | Dissertação | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Dialética | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Norma jurídica | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Sexualidade | pt_BR |
| dc.subject.keyword | Identidade | pt_BR |
| dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
| dc.description.abstract1 | In this paper, we seek to lay some provocative foundations for a new way of understanding the
discursive structure of legal normativity, questioning the highly individualized development
that has marked the progressive agenda in recent years. In the field of law, we aim to
problematize the reified use of the Cartesian method in the formation of legal normativity
discourse, drawing on critical studies of the tradition of topics and jurisprudence. After
revisiting the European historical context that fueled part of these debates, especially in gender
and sexuality studies, we seek to differentiate what we understand as a discursive perspective
and how it not only can but must relate to a phenomenological dimension of human action. In
this regard, we address the fact that while homosexuality has been consolidated as a neutral and
homogenizing category, transsexuality has primarily appeared in discourse through heroicmartyred forms, either romanticizing or sensationalizing the suffering of these individuals.
However, we aim to propose alternative ways of thinking about the relationship between these
identities and the cultural structure in which they are embedded. Once we establish this dynamic
basis of cultural structure, we move on to one of its discursive structures most conducive to the
normalization of social practices and expressions: legal normativity. We suggest that, if the State
is the form of Capital, Law presents itself as the form of social normativity. Through its
inherently discursive structure, Law constitutes the apparatus par excellence of the modern
structure for articulating different mechanisms of subject control. Thus, in pursuit of an
approach that does not reproduce the same universalist dynamic that tends to characterize not
only law but also the very bourgeois cultural structure, we argue in favor of an attitude of
estrangement toward imposed normativity. This attitude seeks a theoretical stance that
understands social structure through what exceeds it—that is, through what surpasses its
discourse and normativity. In this sense, we conclude that there is a need for new marginal
theoretical developments, not just practical ones, concerning contemporary cultural structure.
To prevent further reproductions of the universalist discursive dynamic of capital, we highlight
the necessity of abandoning the assimilationist, universal, and neutral logic. Thus, we present
estrangement as a possible working category that can modify the typical dialectical form of the
law, with the aim of abandoning the totalizing ideal of consensus. | pt_BR |
| dc.description.unidade | Faculdade de Direito (FD) | pt_BR |
| dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Direito | pt_BR |
| Collection(s) : | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
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