http://repositorio.unb.br/handle/10482/52372
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
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2025_AbnerReurissonDeMedeirosPalhares_DISSERT.pdf | 1,83 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Título: | Identificação de potenciais genes de suscetibilidade em interações entre tomateiro (Solanum lycopersicum) e Sclerotinia sclerotiorum e Verticillium dahliae |
Outros títulos: | Identification of potential susceptibility genes (S-genes) in compatible interactions between susceptible tomato varieties (Solanum lycopersicum) and the Fungi Sclerotinia sclerotiorum and Verticillium dahliae |
Autor(es): | Palhares, Abner Reurisson de Medeiros |
Orientador(es): | Blum, Luiz Eduardo Bassay |
Coorientador(es): | Reis, Angela Mehta dos |
Assunto: | Tomateiro Genes de resistência Mofo branco Sclerotinia sclerotiorum Solanum lycopersicum |
Data de publicação: | 6-Ago-2025 |
Data de defesa: | 17-Fev-2025 |
Referência: | PALHARES, Abner Reurisson de Medeiros. Identificação de potenciais genes de suscetibilidade em interações entre tomateiro (Solanum lycopersicum) e Sclerotinia sclerotiorum e Verticillium dahliae. 2025. 94 f., il. Dissertação (Mestrado em Fitopatologia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. |
Resumo: | O tomateiro (Solanum lycopersicum) destaca-se globalmente como uma das principais culturas hortícolas, tanto em termos econômicos quanto nutricionais. No entanto, enfrenta diversos problemas fitossanitários, incluindo uma ampla gama de patógenos, como os ascomicetos Sclerotinia sclerotiorum e Verticillium dahliae, causadores do mofo-branco e da murcha de verticílio, respectivamente. O melhoramento genético tradicional para combater esses patógenos foca na introgressão de genes de resistência (genes-R) no genoma do tomate. Porém, essa abordagem tem se mostrado limitada devido à baixa disponibilidade de fontes de resistência no germoplasma dessa cultura e a grande variabilidade desses patógenos, o que aumenta o risco de quebra de resistência. É essencial portanto, a busca por novas estratégias de melhoramento para desenvolver variedades com resistência mais durável e de amplo espectro. Uma alternativa promissora é explorar a diversidade de genes de suscetibilidade (genes-S), que ao contrário dos genes de resistência, são genes que podem auxiliar os patógenos, facilitando a infecção ou mantendo a compatibilidade da interação. A perda da função dos genes-S, seja naturalmente ou pela aplicação de engenharia genética utilizando técnicas de silenciamento ou nocaute gênico, pode conferir resistência duradoura e de amplo espectro às doenças, sendo, portanto, alvos ideais para programas de melhoramento. Neste contexto, este estudo teve como objetivo identificar genes potencialmente envolvidos na suscetibilidade do tomateiro a S. sclerotiorum e V. dahliae para posterior uso em programas de melhoramento. Para tal, potenciais genes-S foram selecionados a partir da literatura, e seus homólogos identificados no genoma do tomateiro. Para verificar a expressão relativa diferencial, uma análise de RT-qPCR foi realizada utilizando RNA de amostras de plantas de tomate suscetíveis inoculadas com S. sclerotiorum ou V. dahliae. Para o bioensaio com S. sclerotiorum, as folhas de plantas de tomateiro (var. Santa Cruz) foram inoculadas com discos de meio BDA contendo micélios do patógeno, e coletadas em 0, 6, 12 e 48 horas após inoculação (hpi). Para V. dahliae, as raízes de tomateiro (var. Ponderosa) foram inoculadas por imersão e coletadas em 0, 8, 24 e 52 hpi. O material vegetal foi macerado em nitrogênio líquido e submetido a extração de RNA total para análise por RT-qPCR. Ao todo, 14 genes foram analisados. Observou-se um padrão de regulação positiva para a maioria dos genes testados, o que é consistente com o perfil esperado para genes-S. No patossistema tomate-S. sclerotiorum, 6 dos 7 genes analisados mostraram regulação positiva em ao menos um tempo, tomate-V. dahliae 6 dos 10 genes analisados tiveram este perfil. Os genes SlDMR6, SlGST e SlLIN6 foram validados em ambos os patossistemas, enquanto os genes SlEDR, LSD1 e SlTFIIAγ, foram validados apenas na interação tomate-S. sclerotiorum e SlGR-RBP, SlMC7 e SlTPK1 apenas em V. dahliae. A identificação desses genes representa um avanço significativo para o desenvolvimento de estratégias de melhoramento genético visando à obtenção de cultivares de tomateiro com resistência eficiente e duradoura contra esses patógenos. |
Abstract: | The tomato plant (Solanum lycopersicum) is globally one of the main horticultural crops, due to its economical and nutritional value. However, the culture faces several phytosanitary problems, including a wide range of pathogens, including the ascomycetes Sclerotinia sclerotiorum and Verticillium dahliae, causative agentes of white mold and verticillium wilt, respectively. To date, genetic breeding strategies to combat these pathogens focus on the introgression of resistance genes (R-genes) into the tomato plant genome. However, this approach has been limited due to low availability of resistance sources in the crop germplasm and the rapid evolution of these pathogens. Therefore, the search for improvedstrategies essential to develop varieties with more durable and broad-spectrum resistance are necessary. A promising alternative is to explore the susceptibility genes (S-genes), which unlike resistance genes, are genes that can assist pathogens by facilitating infection or maintaining the disease compatibility. The loss of function of S-genes, either naturally or through genetic engineering techniques, such as gene silencing or knockout, can confer longlasting and broad-spectrum resistance to diseases, thereby rendering ideal targets for breeding programs. In this context, this study aimed to identify genes potentially involved in the susceptibility of tomato to S. sclerotiorum and V. dahliae with potential use in breeding programs. To this end, potential S-genes were selected from the literature, and their orthologous and homologous were identified in the tomato genome. To verify relative differential expression, an RT-qPCR analysis was performed using RNA samples from susceptible tomato plants inoculated with S. sclerotiorum or V. dahliae. For the bioassay with S. sclerotiorum, the leaves of tomato plants (var. Santa Cruz) were inoculated with BDA medium discs containing pathogen mycelia collected at 0, 6, 12, and 48 hours post-inoculation (hpi). For V. dahliae, tomato roots (var. Ponderosa) were inoculated by immersion and collected at 0, 8, 24, and 52 hpi. In total, 14 potential S genes were analyzed. A pattern of positive regulation was observed for most of the genes tested, consistent with the expected profile for S-genes. In the tomato-S. sclerotiorum pathosystem, 6 of the 7 analyzed genes showed positive regulation at least at one time point; in tomato-V. dahliae, 6 of the 10 analyzed genes had this profile. The genes SlDMR6, SlGST, and SlLIN6 were validated in both pathosystems, while the genes SlEDR, LSD1, and SlTFIIAγ were validated only in the tomato-S. sclerotiorum interaction, and SlGR-RBP, SlMC7, and SlTPK1 only in V. dahliae. The identification of these genes represent a significant advance in the development of breeding strategies aimed at obtaining tomato cultivars with more efficient and durable resistance against these pathogens. |
Unidade Acadêmica: | Instituto de Ciências Biológicas (IB) Departamento de Fitopatologia (IB FIT) |
Informações adicionais: | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Departamento de Fitopatologia, 2025. |
Programa de pós-graduação: | Programa de Pós-Graduação em Fitopatologia |
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Agência financiadora: | Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado |
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