Campo DC | Valor | Idioma |
dc.contributor.advisor | Bensusan, Hilan Nissior | - |
dc.contributor.author | Castro, David Campos | - |
dc.date.accessioned | 2025-05-13T15:08:46Z | - |
dc.date.available | 2025-05-13T15:08:46Z | - |
dc.date.issued | 2025-05-13 | - |
dc.date.submitted | 2025-02-12 | - |
dc.identifier.citation | CASTRO, David Campos. Discurso canibal, refluxo colonial: Montaigne e a infiltração do ameríndio no arquivo filosófico do Ocidente. 2025. 108 f., il. Dissertação (Mestrado em Filosofia) — Universidade de Brasília, Brasília, 2025. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://repositorio.unb.br/handle/10482/52243 | - |
dc.description | Dissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Humanas, Departamento de Filosofia, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, 2025. | pt_BR |
dc.description.abstract | A presente dissertação tem por intuito explorar um dos percursos que a representação do
indígena americano realizou no imaginário intelectual europeu do século XVI, e que culminou
nos ensaios americanos de Montaigne: Dos Canibais e Sobre os coches. Esse caminho parte
das representações do indígena antropófago brasileiro como sinédoque da compreensão do
ameríndio em geral, atravessando o imaginário bestial e desumanizador que se construiu
inicialmente a respeito dos povos americanos e passando pelos relatos de viagem de André
Thevet e Jean de Léry, que realizam uma guinada na interpretação das sociedades ameríndias e
da antropofagia ritual. Nosso percurso se encerra com a investigação a respeito da operação
realizada por Montaigne de transformação da ética indígena da palavra em um discurso
filosófico, que eleva ao máximo simbolismo a antropofagia guerreira e converte o canibal que
come num filósofo que discursa, inserindo-o no arquivo filosófico do Ocidente. Essa conversão
é sintoma do que chamamos de refluxo colonial, em que o ameríndio predado pela colonização
retorna enquanto uma indigestão no sistema intelectual europeu, tendo em vista que o discurso
filosófico atribuído a ele sempre é imbuído de uma crítica ferrenha às instituições ocidentais. O
ameríndio torna-se, através dessa revolução sociológica de Montaigne, um espelho que faz o
europeu estranhar suas próprias convenções, instituições e costumes, um orador que instiga
filosoficamente o Ocidente a espantar-se de si mesmo. | pt_BR |
dc.description.sponsorship | Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). | pt_BR |
dc.language.iso | por | pt_BR |
dc.rights | Acesso Aberto | pt_BR |
dc.title | Discurso canibal, refluxo colonial : Montaigne e a infiltração do ameríndio no arquivo filosófico do Ocidente | pt_BR |
dc.type | Dissertação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Antropofagia | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ética indígena | pt_BR |
dc.subject.keyword | Léry, Jean de, 1536-1613 - crítica e interpretação | pt_BR |
dc.subject.keyword | Ocidente | - |
dc.rights.license | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data. | pt_BR |
dc.description.abstract1 | The aim of this dissertation is to explore one of the paths that the representation of the American
Indian took in the European intellectual imagination of the 16th century, culminating in
Montaigne's American essays: Of Cannibals and Of Coaches. This path starts with the
representations of the Brazilian anthropophagous Indian as a synecdoche for the understanding
of the Amerindian in general, going through the bestial and dehumanizing imagery that was
initially constructed about the American peoples and passing through the travel accounts of
André Thevet and Jean de Léry, who took a turn in the interpretation of Amerindian societies
and ritual anthropophagy. Our journey ends with an investigation into Montaigne's
transformation of the indigenous ethic of the parole into a philosophical discourse, which
elevates warrior anthropophagy to the utmost symbolism and converts the cannibal who eats
into a philosopher who speaks, inserting him into the philosophical archive of the West. This
conversion is a symptom of what we call colonial reflux, in which the Amerindian predated by
colonization returns as an indigestion in the European intellectual system, given that the
philosophical discourse attributed to him is always imbued with a fierce critique of Western
institutions. Through Montaigne's sociological revolution, the Amerindian becomes a mirror
that makes the European question his own conventions, institutions and customs, a speaker who
philosophically instigates the West to wonder at itself. | pt_BR |
dc.description.unidade | Instituto de Ciências Humanas (ICH) | pt_BR |
dc.description.unidade | Departamento de Filosofia (ICH FIL) | pt_BR |
dc.description.ppg | Programa de Pós-Graduação em Filosofia | pt_BR |
Aparece nas coleções: | Teses, dissertações e produtos pós-doutorado
|